sexta-feira, 18 de julho de 2014

Morte de João Ubaldo


Cada vez mais pauperizados ficamos quando um escritor nos deixa. Mais frágeis nos tornamos porque nos deixa não apenas a pessoa do escritor, mas, sobretudo, a sua capacidade de nos oferecer mais uma metáfora de nós e do mundo. E quando perdemos a metáfora o próprio mundo se torna mais bárbaro, mais bruto, menos amoroso, menos lúdico. Daí, aos poucos a vida perde o gosto e a mercadoria, a bala, o canhão, a burocracia assumem a vida. Pena. Mas os escritores nos deixam seu suor em forma da palavra. Vai em paz João Ubaldo, porque nossa tarefa não acabou ainda.

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