quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O que ensina a concentração de riqueza - as 62 famílias

Por Atanásio Mykonios


O capitalismo tem uma tendência à concentração de riqueza. O modo de produção pela extorsão do tempo de trabalho excedente, implica uma lógica de substituição do trabalho vivo pelo morto. Essa tendência, que se verifica no âmbito concorrencial, leva a um declínio em escala mundial da base estrutural da produção de mercadorias - o valor. O valor não é o preço, é bom lembrar. Quanto mais a base é corroída, mais aumenta a produtividade, a concentração de capital fictício aumenta, e pela concorrência, os capitalistas se autodevoram a ponto de a tendência ao monopólio de tornar uma realização. Aquilo que muitos liberais e neoliberais, supostamente, defendem, a saber, a livre concorrência como fundamento do capitalismo, se torna a própria contradição, a sua negação e destruição. O que eles defendem não se sustenta ao analisarmos a tendência do capital. Nem os capitalistas conseguem entender o que parece existir independente de sua vontade como praticantes do sistema do capital. Isso mostra que eles não têm controle sobre o próprio capitalismo, como gestores, apenas seguem cegamente uma cartilha entorpecida pelo fetiche. Ou seja, quanto maior a concentração, maior será a velocidade rumo ao limite interno absoluto do sistema.