Por Atanásio Mykonios
O Projeto de Lei Orçamentária para 2020 foi aprovado em 17
de dezembro de 2019. Nele constam os gastos previstos e aprovados para a Educação,
especialmente para as universidades, institutos e demais organismos da esfera
do Ministério da Educação. No geral, os cortes para custeio da universidade e
investimentos foram drasticamente cortados.
O orçamento destinado para a UFVM em 2019 foi no montante de
R$ 269.972.865,00 e para 2020 foram aprovados R$ 273.211.740, 00, um aumento de
1,20%.
No entanto, para custeio (ou seja, o recurso que faz a
universidade de manter com despesas gerais de manutenção) houve uma redução,
para a UFVJM de 37,46% em relação a 2019 e para os investimentos (aqui que é
destinado para construir novas instalações e aquisição de equipamentos etc.),
os cortes foram ainda maiores, chegando a uma redução de 44,19%.
Houve cortes ainda maiores em outras universidades, por
exemplo, a UFRJ teve um corte de 88% para os seus investimentos.
Portanto, a estratégia é sufocar as universidades de maneira
geral, impedindo-as de realizar planos de desenvolvimento de suas capacidades,
cercear as condições gerais de produção de pesquisa, extensão e ensino,
precarizar instalações e condições de trabalho em geral.
Este é o cenário invisível que nos acomete sem que possamos
reagir a contento, porque a maioria de nós nunca se preocupou com a vida
financeira das instituições onde trabalhamos.