Por Atanásio Mykonios
À medida que os processos de produção se transformaram nos últimos trinta anos. À medida que as forças de produção criam uma fragmentação dos tempos sociais. À medida que esse processo afeta a organização social na sua totalidade, como a força de trabalho, esfacelando-a em migalhas de tempos diversos, com ocupações das mais diversas, ocorre que o tempo da sociedade industrial - o tempo da fábrica - é substituído por tempos que afetam também a organização da família, da educação, do Estado, etc.
São os tempos de novas formas de produção, em que a maioria não se encontra mais na indústria de transformação direta. A maioria está em outros setores, com tempos de trabalhos também diferentes e fragmentados.
Aquela família nuclear que foi instituída ao longo do processo da primeira e segunda revoluções industriais do capital, tinha sentido para aquela determinação histórica. Famílias nucleares, que contavam com alguma segurança estrutural na era fordista, principalmente, foram consolidadas nesse período. Essa forma de organização familiar perde seu estatuto à medida que a transformação da produção implica a mudança dos tempos e das formas de família.
Além disto, o papel monogâmico imposto historicamente à mulher começa a perder seu condicionamento devido à transformação desse processo de produção. Assim é que as interposições familiares ganham espaço em todos os quadrantes da sociedade capitalista. É a mudança interna que influencia as estruturas familiares.
Dessa forma, o que as religiões exigem, até mesmo do ponto de vista legal, ou seja, a preservação de uma família nuclear aos moldes do passado será impossível. Seria necessário, para tanto, que a própria sociedade capitalista (defendida por esses religiosos) parasse no tempo ou que voltasse aos moldes de produção anteriores. Impossível!
É preciso entender que essa tentativa de restringir a família a um núcleo heterossexual nada mais é que uma tremenda ilusão, uma imensa energia gasta cujo resultado será apenas o controle esquizofrênico de grupos religiosos sobre a sociedade. Mas eles não serão capazes de alterar uma vírgula no que o capitalismo provoca: a constante transformação das forças produtivas que implicam a mudança da organização social.
Quem não entende esse processo histórico, fica desfraldando discursos e bandeiras sem qualquer conteúdo.
À medida que os processos de produção se transformaram nos últimos trinta anos. À medida que as forças de produção criam uma fragmentação dos tempos sociais. À medida que esse processo afeta a organização social na sua totalidade, como a força de trabalho, esfacelando-a em migalhas de tempos diversos, com ocupações das mais diversas, ocorre que o tempo da sociedade industrial - o tempo da fábrica - é substituído por tempos que afetam também a organização da família, da educação, do Estado, etc.
São os tempos de novas formas de produção, em que a maioria não se encontra mais na indústria de transformação direta. A maioria está em outros setores, com tempos de trabalhos também diferentes e fragmentados.
Aquela família nuclear que foi instituída ao longo do processo da primeira e segunda revoluções industriais do capital, tinha sentido para aquela determinação histórica. Famílias nucleares, que contavam com alguma segurança estrutural na era fordista, principalmente, foram consolidadas nesse período. Essa forma de organização familiar perde seu estatuto à medida que a transformação da produção implica a mudança dos tempos e das formas de família.
Além disto, o papel monogâmico imposto historicamente à mulher começa a perder seu condicionamento devido à transformação desse processo de produção. Assim é que as interposições familiares ganham espaço em todos os quadrantes da sociedade capitalista. É a mudança interna que influencia as estruturas familiares.
Dessa forma, o que as religiões exigem, até mesmo do ponto de vista legal, ou seja, a preservação de uma família nuclear aos moldes do passado será impossível. Seria necessário, para tanto, que a própria sociedade capitalista (defendida por esses religiosos) parasse no tempo ou que voltasse aos moldes de produção anteriores. Impossível!
É preciso entender que essa tentativa de restringir a família a um núcleo heterossexual nada mais é que uma tremenda ilusão, uma imensa energia gasta cujo resultado será apenas o controle esquizofrênico de grupos religiosos sobre a sociedade. Mas eles não serão capazes de alterar uma vírgula no que o capitalismo provoca: a constante transformação das forças produtivas que implicam a mudança da organização social.
Quem não entende esse processo histórico, fica desfraldando discursos e bandeiras sem qualquer conteúdo.