Por Atanásio Mykonios
No capitalismo vivemos lutas constantes. A primeira luta é a econômica,
sob a qual nós temos de enfrentar o poder e encontrar a melhor adequação
à exploração, diminuí-la no que for possível ou fugir a ela saindo do
capitalismo. Nesta luta, nós, ao menos no Brasil, estamos perdendo feio,
nós os trabalhadores. Em seguida, perdemos feio a luta política, não
tivemos condições para nos defender até mesmo dentro do sistema, agora
tentamos encontrar forças para organizar estratégias sociais e políticas
para retomarmos algum papel nesse processo. Por fim, parece ter restado
a luta legal ou jurídica. Nesta, estamos sendo de fato perseguidos e
agora com muito medo. A última luta que é a das leis leva a sociedade ao
fascismo, como um mecanismo de destruição civilizadora. É nesta última
fronteira das lutas – a jurídica – que se trava o fim de um processo,
pois neste, vivemos patinando e passivamente tentamos encontrar alguma
forma de reorganização. Cassados, vigiados, processados, ameaçados de
demissões e prisões, a luta jurídica é o termo final dessa luta de
classes. No entanto, ao perder a luta econômica e a política, nós não
temos a quem recorrer.