A sociedade moderna está sob o signo da crise, contudo, muitos dirão que a crise é inerente à própria sociedade, que em todas as sociedades em todos os períodos houve crise e substancialmente conflitos. Cabe aqui dizer que a crise nasce de um processo dialético, nasce da mudança, pois é esta que cria as condições para a crise se instalar na sociedade. Pode haver um aspecto da crise, que atinja um aspecto social. Pode haver, de outro lado, uma crise tópica e passageira, ou uma crise que abarque toda a sociedade; a crise afeta, mas ela é parte contínua do próprio processo. Mas a crise do capitalismo não se dá a partir de um determinado momento em que o sistema se desenvolve, ela nasce com o capitalismo quando este se torna um modo articulado que engendra trabalho-valor-mercadoria, e esta articulação solidária entre essas categorias promove ao mesmo tempo o acúmulo, a dependência e a pobreza provocada industrialmente. E a crise se reveste de um desespero cínico na medida em que a riqueza é uma corrida contra o tempo, contra os recursos e contra as determinações do próprio capitalismo: o trabalho como substância do valor e a tecnologia, com sua a enorme produtividade que exclui paradigmaticamente o próprio trabalho.
A crise, desde seu nascedouro, afeta a perspectiva da necessidade, mas também modifica as noções de necessidade que são provocadas pelo desdobramento do capitalismo. As forças produtivas colocam-se na imprescindível regra da expansão da forma-mercadoria e os mecanismos de sua inserção não obedecem às reais necessidades das comunidades locais. Aliás, este é um dos aspectos da crise social do capitalismo, o fato de que a necessidade imposta pela mercadoria descaracteriza o senso de comunidade e o senso da liberdade social dos grupos e das culturas criarem identidades com seu contexto próprio de necessidades. Pois a mercadoria exporta necessidades e globaliza o discurso estético do estatuto social das necessidades, o que gera, constantemente, um modo alterado e distanciado da realidade da comunidade humana.
A crise, desde seu nascedouro, afeta a perspectiva da necessidade, mas também modifica as noções de necessidade que são provocadas pelo desdobramento do capitalismo. As forças produtivas colocam-se na imprescindível regra da expansão da forma-mercadoria e os mecanismos de sua inserção não obedecem às reais necessidades das comunidades locais. Aliás, este é um dos aspectos da crise social do capitalismo, o fato de que a necessidade imposta pela mercadoria descaracteriza o senso de comunidade e o senso da liberdade social dos grupos e das culturas criarem identidades com seu contexto próprio de necessidades. Pois a mercadoria exporta necessidades e globaliza o discurso estético do estatuto social das necessidades, o que gera, constantemente, um modo alterado e distanciado da realidade da comunidade humana.
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