Crítica Social. Crítica sobre a sociedade que tem no sistema do capital sua fundamentação atual, sua condição de moldar os indivíduos e suas instituições. Entre muitos aspectos, a necessidade, o trabalho, a produção de valor, a alienação e o fetiche são os alvos desta crítica. Como superar o capitalismo? Daí não perdermos de vista a capacidade de indignação ao sistema que historicamente desumaniza a todos. Atanásio Mykonios
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segunda-feira, 18 de maio de 2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Nosso dia
Por Atanásio Mykonios
1 de maio. Dia do trabalhador. Dia da história dos que são explorados, oprimidos, humilhados, desterrados. De todos os assalariados, dos desempregados e das mulheres. É o dia das populações famintas, dos encarcerados e das mães. É o dia do sangue e da chibata, do tronco, das faxineiras e dos ambulantes. 1 de maio. Dia da trabalhadora e do vagabundo, dos pedintes e dos abandonados. É da criança no cruzamento, do pipoqueiro, do pescador e de todas as prostitutas. É o dia das greves e das demissões, dos doentes e estudantes, que trabalham produzindo seu saber. 1 de maio, é dos negros encarcerados, dos poetas e pintores. É a história do suor, da venda e da compra. É o dia 1 de maio, dos velhos, dos aposentados e do ambulante, da enfermeira e do padeiro. Sim, é dos que lutaram e dos que morrem, do gari e das fiandeiras, das cabeleireiras e dos ubers. E dos garçons e dos esquecidos, dos guardadores de carros e flanelinhas, dos andarilhos e do repositor do supermercado, de tantos açougueiros e das rimas desfeitas. É de todos nós que vendemos nossos corpos para produzir capital e miséria. O 1 de maio, o mês da mãe, do ventre, das grávidas, dos sonhadores, dos resistentes, dos embotados. O dia dos professores, dos escritores e revolucionários. É o dia 1 de maio. Os trabalhadores merecem a reverência, o trabalho não merece essa reverência. É o dia da vergonha, da revolta e do grito, do fetiche, da luta e dos lábios que gritam Liberdade.
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Ele é feito dessa matéria
Por Atanásio Mykonios
Na reunião do Crítica Social, ontem à noite, sobre o processo histórico da derrocada atual, disse o que penso sobre o presidente. Penso que ele é um homem oriundo dos porões, do esgoto social, da ordem dos torturadores. Ele tem um caráter de torturador, seu mundo é o porão da tortura, lá onde o cheiro da carne submetida a toda forma de atrocidade é para ele o perfume seleto. Ele pensa, ele age, ele fala, ele encara o mundo como um torturador à procura do corpo perfeito para humilhar e fustigar lentamente. Sua visão de mundo foi forjada nas celas obscuras, cheias de urina, fezes, gritos no escuro, dores e sangue, que os militares criaram para seu deleite. Seus heróis são do mundo fora do mundo, dessa rotina profissional da morte lenta, do choque, do pau-de-arara, das agulhas, torniquetes e vaginas devoradas por roedores. Ele jamais terá compaixão para com o sofrimento, seja lá de quem for. Sua inteligência é do torturador que não vê nem precisa estar à luz do dia. Eke respira o gás que exala dos canos furados dos corredores fétidos das galerias de sangue. Seus colaboradores se reconhecem pelo mesmo ofício, pelo mesmo ódio profissional e pela mesma predileção em torturar, pelos mais diversos meios. Torturam mulheres, professores, enfermeiras, estudantes, miseráveis, caixas de supermercado, cegos e analfabetos. Um torturador não reconhece nenhuma humanidade, como algoz perfeito, tem o domínio da vida, do corpo, dos olhos, do pensamento, do ânus. É o Senhor da morte. Tripudia, promove a humilhação, idolatra o escárnio, submete e tem prazer pela submissão. Ele é feito dessa matéria, insensível, sem concessão para com suas vítimas. Ele é o algoz perfeito para uma elite assassina e pervertida. Todo torturador é um pervertido. Todo torturador deseja que suas vítimas percam o prumo moral, sejam destruídas, implorem pela morte. O torturador é incansável, insaciável, por carne e dor. Entendam isso de uma vez.
domingo, 29 de março de 2020
Os capitalistas brasileiros e a dívida dos EUA
Por Atanásio Mykonios
De acordo com Departamento do tesouro dos EUA, a dívida pública do Estado, do ponto de vista de seus títulos mantidos por compradores externos, é dividida da seguinte forma:
China – 17,3%
Japão – 16,05%
Outros País – 8,6%
Brasil – 4,8%
Reino Unido – 4,7%
Reparem, os capitalistas brasileiros detêm 4,8% da dívida pública dos EUA.
A dívida dos governos no mundo é de 69,2 trilhões
A dívida dos EUA hoje está no total de 23,61 trilhões de dólares, portanto, 34,12% de todas as dívidas dos estados-nacionais pertencem aos EUA.
A dívida da China hoje está em 6,60 trilhões de dólares
Segundo o Institute of International Finance, com pesquisas e levantamentos, tendo como fontes o FMI e o BIS (Bank for International Settlements), a dívida total global, nos três primeiros trimestres de 2019, chegou a 252,6 trilhões de dólares.
A soma do PIB produzido mundialmente, em 2019, chegou a 86,593 trilhões de dólares. Ou seja, na verdade, as dívidas mundiais representaram 2,92 vezes mais que o PIB mundial, isto é, 392% do produto interno bruto produzido pelos países mundo afora.
Os 252,6 trilhões foram divididos da seguinte forma:
Dívida das famílias: 47,5 trilhões
Dívida das empresas e corporações não-financeiras: 74,4 trilhões
Setor financeiro: 61,5 trilhões
Governos: 69,2 trilhões
Mais um detalhe.
Os capitalistas brasileiros, segundo o BANCO CENTRAL, em 2018, declararam que seus capitais investidos no exterior foram no total de 493 bilhões de dólares. Isso mesmo.
Ou seja, os capitalistas brasileiros, são credores da dívida pública dos EUA, assim como a China, o Japão etc. Agora a gente entende o papel do PAULO GUEDES em sugar tudo que pode da nossa classe trabalhadora.
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