quinta-feira, 30 de junho de 2022

Compartilhando alguns poucos estudos sobre a Internet

Gostaria de compartilhar com vocês um pequeno estudo que realizei sobre a de menção na internet, nas redes sociais, dos negócios, no mundo e no Brasil. Esse estudo se baseia em algumas plataformas que agregam informações de todos os países, em caráter global e uma das plataformas, a mais completa, que agrega informações gerais específicas, é a We Are Social. Eu dividi o conteúdo em slides e vocês podem utilizá-los caso achem necessário. O importante dessa pesquisa é destacar o fato de que o Brasil figura hoje entre os 4 países que mais acessam a Internet e as redes sociais, além disso, em relação a algumas das redes sociais, o Brasil chega a figurar até em terceiro lugar ou segundo. Outro aspecto interessante é que do ponto de vista tecnológico, o país está muito aquém das condições de oferta e acesso à Internet, apenas 75% da população consegue ter acesso enquanto que países mais desenvolvidos o acesso chega a 99% da capacidade dos serviços oferecidos. Chama atenção que hoje com 33 milhões de pessoas em condições de miserabilidade, figuramos entre aqueles que mais gastam seu tempo na internet. Somos o primeiro país que mais ouve Podcasts no mundo, somos o segundo país que mais segue influenciadores. Outro aspecto interessante é que no começo de 2022, o mundo contava com 51 milhões de canais no YouTube. Qualquer coisa que você queira aprender, está no YouTube, qualquer coisa, até preparar bombas e pão. Penso que, a sociabilidade atual passa efetivamente pelas redes de computadores – educação, política, formação, aprendizado, sexo, entretenimento, comércio, produção, comunicação, pesquisa, imagens, nada mais hoje sobrevive fora das redes sociais. Já são quase 5 bilhões de seres humanos integrados a internet com pelo menos um aparelho móvel, uma população de 7,93 bilhões de seres humanos. Por que encontramos tanta dificuldade em fazer política a presencial?

 




















terça-feira, 14 de junho de 2022

Façam suas apostas!

 

 Por Atanásio Mykonios

 

Analisando a movimentação do governo em relação às eleições, especialmente quanto à questão do processo material da votação, fica muito evidente que Bolsonaro sabe que perderá as eleições. Toda atitude dele é a de um candidato derrotado. Somente alguém que sabe que vai perder ou que está na iminência de perder age dessa forma. Quanto ao golpe ou no que diz respeito às ameaças golpistas eu vejo pelo menos três alternativas que têm alguma plausibilidade

Primeiro. Evitar que as eleições ocorram. Antecipar o processo. Para isso, seria necessário suspender todo o processo eleitoral antes do pleito e não apenas para a presidência. Isso implicaria impedir que as eleições ocorram em todo o território nacional, desmobilizando a máquina eleitoral de bilhões de reais e de milhares ou centenas de milhares de pessoas e candidatos que se mobilizam nesse período. Teria de suspender antecipadamente as campanhas para deputados estaduais e federais, senadores e governadores em todo o território nacional. Não parece plausível a suspensão apenas do pleito à presidente. Isto acarretaria, sem dúvida nenhuma, uma reação em cadeia que, possivelmente nem mesmo as forças de segurança, militares e policiais, seriam capazes de conter a fúria.

A segunda possibilidade seria anular o resultado das eleições. Anular o resultado só é possível, do ponto de vista lógico, após o processo eleitoral e a publicação dos resultados. Isto implica uma decisão muito difícil, pois seria necessário decidir entre a anulação total ou parcial. Imaginemos que Bolsonaro resolva agir logo depois do resultado e coloque suas bases milicianas e militares em ação para anular o resultado. Por coerência, deverá ele anular o resultado geral, o que provocaria uma crise sem precedentes, não apenas no âmbito na presidência, mas também nos estados. Seria interessante perguntar quantos estariam dispostos a aceitar a anulação total do resultado da eleição. Suponhamos que ele tente então anular apenas o resultado à presidência, o procedimento será extremamente desgastante e suponhamos ainda que institucionalmente o país aceite recontar os votos, suponhamos mais ainda, que ao final haja dois resultados. De um lado, o resultado oficial promulgado pelo TSE e, de outro, o resultado extraoficial ou paralelo divulgado pelo esquema Bolsonaro. Como seria possível encontrar uma solução para isso? quanto tempo levaria esse processo? Os deputados eleitos, os senadores eleitos, os governadores eleitos tomariam posse ou não?

E por último, a tentativa de arrastar o máximo de tempo uma espécie de impasse, criando uma anomia institucional cujas consequências, neste momento, são absolutamente imprevisíveis. Haveria posse? Haveria adiamento? De certa forma esta tentativa contempla as duas possibilidades anteriores. A pergunta que precisa ser feita aqui é a seguinte. até que ponto os negócios no país estariam em condições de suportar uma crise dessa envergadura? Seria possível uma espécie de ucranização do Brasil?

Lembremos também que Getúlio Vargas promoveu o autogolpe em 1937, que o manteve no poder até 1945. É possível um autogolpe? Ora, ora, sempre é possível. Apenas para se manter no poder? Isto redundaria numa ditadura, não com o contorno militar, obviamente com apoio militar, mas seria a ditadura de um homem só, com sua família. Seria necessário que ele tivesse muito poder, um poder absoluto sobre um país de quase 220 milhões de habitantes. Hoje, as condições concretas e materiais não apontam para essa possibilidade.

Bem, se vocês têm outras alternativas que sejam possíveis vislumbrar, contem-me.