Interessante observar que ao longo da história do sistema do capital, as guerras sempre foram em uma quantidade muito maior. as guerras, olhando para a história do capitalismo, nunca foram capazes de abalar efetivamente um sistema produtor de mercadorias. Grandes guerras, guerras setoriais, guerras por Independência, guerras anticoloniais, guerras imperialistas, guerras por território, guerras por recursos estratégicos, guerras étnicas etc. Ao contrário, ao longo dessa história, as guerras favoreceram o capital, significa dizer que o capital e as guerras não são inimigos. O capital se vale das guerras em determinados contextos, mas também as provoca com o único objetivo de produzir mais capital. Pode não produzir mais capital para a sociedade, mas funcionalmente as guerras são importantes e são um instrumento muito eficiente de manutenção da própria lógica do capital na forma de produção de valor. Dito de outro modo, o capital precisa das guerras, de modo que a sociedade capitalista se tornou uma sociedade estratocrática. Isto é, o capital tem, do ponto de vista da sua forma social, um caráter eminentemente militar e por isso a guerra é a consequência do desenvolvimento das forças produtivas e das forças concorrenciais. Alguns países são organizados militarmente como os Estados Unidos e a Rússia. Interessante é que nesses países os governos são civis, são as máquinas de guerra as mais eficientes, como também Israel. São países organizados para a guerra.Somente em países periféricos como o nosso, é que os militares se arvoram e se arrogam no direito de impor um controle social por meio da espada. Mas, o que importa aqui é refletir que a guerra é umbilicalmente necessária à estrutura do capital. O capital é uma forma social militar.
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