Por Atanásio Mykonios
Interessante
as reações. Um bando de criminosos que age à revelia, nos porões das gavetas
sociais e que tem poder político. As esquerdas não tiveram condições de
confrontar o exército de robôs porque não tinham e não têm capital para isso. É
compreensível. Temos de entender que estamos lidando com uma batalha cujo
inimigo utiliza a cultura da imagem e possui capital e capacidade de
intervenção e capacidade de inverter a balança de poder a seu favor. Esse
confronto tem características muito diferentes do ponto de vista das
consequências políticas. Só agora foram confrontados no campo onde ainda é
possível, no jurídico, pelo menos aqui no Brasil. Lá fora começa a haver quem
os confronte com tecnologia, aqui somos pobres e sempre chegamos atrasados nas
lutas. O campo da batalha agora é outro, até os trabalhadores mais pobres já
estão familiarizados com esse campo, e por isso mesmo, são o alvo preferido do
exército tecnológico. Por isso a reação animalesca dos promotores dessa
política, com seus instrumentos, seus robozinhos, seus brinquedinhos escondidos
no quarto da empregada, sua tecnologia da falsidade em escala industrial.
Reagem como adolescentes raivosos, cujos pais querem controlar seu passa tempo
favorito. Se nós não temos poder econômico para lidar com esse poder à
extrema-direita, que é capaz de provocar verdadeiros terremotos políticos,
bloqueando os significados, retorcendo a verdade, porque esse é o sentido real
da ideologia, temos de nos preparar para essa nova face da luta de classes. A
luta presencial historicamente é e será importante, mas a luta no campo virtual
veio para ficar.
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