Por Atanásio Mykonios
Às vésperas da Primeira Grande Guerra, a Itália mergulhou numa crise entre os fascistas de um lado, os comunistas e socialistas do outro.
A questão é decidir se a Itália deveria entrar na Guerra ou não. Os comunistas e socialistas lutavam contra a entrada na Guerra, porque defendiam que os trabalhadores deveriam se unir internacionalmente e não lutarem uns contra os outros, porque era uma guerra dos capitalistas para realinhar o capital.
Enquanto isso, os fascistas queriam que a Itália entrasse de cabeça na Guerra, porque assim o caráter nacionalista do fascismo poderia ser consolidado, um inimigo externo seria o álibi perfeito para unir a nação e constituir a nação fascista.
Agora, os fascistas querem que os trabalhadores cumpram seu papel nessa nova Guerra, o capital precisa dos trabalhadores. Os trabalhadores estão sendo forçados a ir para a linha de frente para não morrerem de fome.
Ocorre, que nesse momento, os socialistas e comunistas não conseguem se contrapor nessa Guerra. E a união em torno do trabalho, não importa quantos morram, para salvar o estômago dos trabalhadores, será o que pode levar os trabalhadores ao sacrifício em nome de uma suposta causa maior.
Essa questão é histórica e emblemática. Bolsonaro cumpre um papel nesse processo, um papel crucial entre levar os trabalhadores à morte ou os trabalhadores levá-lo a sua morte.
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