Por Atanásio Mykonios
As praças, as ruas, os becos, todos tomados. Os protestos
ocorrem em muitos lugares. O que devemos pensar é o fato de que as forças
policiais, as forças de segurança em geral (contando polícias e forças armadas)
aumentaram, em todos os lugares, o grau de brutalidade. Os confrontos são batalhas,
com uma desvantagem brutal. As polícias estão fortemente armadas, além disso,
as ações mostram, em diversos episódios, gravados por populares, que as forças
de segurança agem contra pessoas desarmadas, indefesas, há praticamente uma
animalidade, quando apanham manifestantes, avançam sobre estes com muita raiva,
como quem tivesse a legitimidade para uma vingança em ordem de punição legal. Parece
que a justiça é realizada ali mesmo, nas ruas, quando algum manifestante é
pego. Já não há diferença, se as forças de segurança pegam homens ou mulheres,
a raiva chega a um primitivismo que me espanta em todos os níveis. Já não se
trata de impedir a depredação de equipamentos públicos ou impedir que as manifestações
avancem. Pergunto a mim mesmo como esses policiais armados são treinados, o que
aprendem, como aprendem, quem os ensina a serem assim e tenho a impressão de
que é algo viral, contagioso. Trata-se, sobretudo, em reprimir, inclusive,
tomando a iniciativa, a voracidade é impressionante. No Equador, no Chile, no
Brasil, na Argentina, na Palestina etc. As polícias e os militares em geral,
atiram, atiram à queima roupa, em determinas situações, há massacres. É mais impressionante
que, em grande parte, essas agressões não sensibilizam as autoridades. Os governos,
dessa forma, parecem estar dispostos a aumentar a dose de repressão e punição. Como
enfrentaremos esse monstro da caserna neoliberal, não sei.